Silvia & João | Love Session | Sesimbra, Portugal
 

Eu não peço muito. Dêem-me um passeio, espírito aventureiro, uma praia escondida e a vossa verdadeira essência e eu farei fotografias em felicidade. E vocês passarão um serão incrível a serem vocês mesmos exactamente como o são quando estão sozinhos, apenas um com o outro. Esta deveria ser a verdadeira razão de querer congelar um certo momento no tempo. Ninguém tem de estar noivo, ou casado ou a celebrar mais do que vocês mesmos e a forma como sentem acerca um do outro. A Sílvia e o João sabem isso. Não apenas porque a Sílvia é uma pessoa e fotógrafa incrível e o João tem uma alma de aventureiro mas porque os dois entendem o poder da arte. O poder de criar algo para nós mesmos. Se o mundo tem a oportunidade de ter um glimpse disso, é pura sorte. Porque o que realmente importa é quem nós somos e a forma como a pessoa que amamos é um reflexo disso mesmo, e o melhor que eles nos conseguem fazer ser. É só isso. Sem truques. Sem momentos falsos. Estas, são todas reais. Eles queriam ir a esta praia tão difícil de chegar e tão escondida e eu estava louca para o fazer. Essa sou eu. Eu vou ao fim do mundo para criar. Eu vou até ao fim do mundo para materializar uma visão em algo que eu sinto ser bonito. Eu só quero é clientes como estes. Clientes que se tornam amigos, não apenas porque temos a oportunidade de criar arte tão bonita juntos, mas porque temos a oportunidade de abrir os nossos corações. E isso acaba por ser a melhor coisa deste mundo. Vejam a prova. 

I do not ask much. Just give me a hike, adventurous spirit, a hidden beach and your true soul and I will make photos in happiness. And you will have a wonderful time just being yourself like you are used to be when you are alone with just the other. This should be the true reason to want to freeze a certain moment in time. You shouldn't have to be engaged, or married or celebrating something but yourselves and the way you feel about each other. Sílvia and João know that. Not only because Sílvia is a wonderful person and photographer and João has an adventurer's soul too, but because they understand the power of art. The power of creating for yourself. If the world gets to get a peek of that, it's just luck. Because what matters is who you are and the way the person you love is a reflection of just that, and the best that they can make you be. That's it. No tricks. No fake moments. These, are all real. They wanted to go to this hidden tricky beach and I was head over heels about it. That's who I am. I go miles to create. I go miles to shape a vision into something I think is beautiful. I just want clients like these. Clients that become friends, not only because we got to make beautiful art together, but because we got to open our hearts. And that just happens to be the best thing in this world. See proof. 

 

 
Pê & Mj | Fotografia de Casamento | Jardim do Museu da Cidade | Lisboa
 

Eu prometi a mim mesma que este ano iria ser especial. E que isso teria de partir de mim. De mais que o habitual fotografar apenas casamentos de casais que me queriam mesmo. Que demonstram uma fé na minha arte e uma amizade desde logo sincera, nada tremente, totalmente emancipada. Casamentos que falem das pessoas que se unem e não de tradições que nada têm que ver com elas. Casamentos que sejam puros e transparentes, como as pessoas que se amam. Se a Pê e a MJ me tivessem contactado este ano e não em 2014, esse seria um dos casamentos dos quais eu estaria mais entusiasmada em fazer parte. Ainda assim. Repetidamente. Pois são dias assim que me dão total prazer em fotografar. Em que me sinto no meu elemento.  

Lembro-me bem de como a luz estava neste dia. O sol quase cegava. As sombras frescas lambiam a pele, mesmo sem vento, mas o sol torrava os olhos e criava sobras em todo o lado. Fotograficamente falando eu poderia dizer que foi um desafio enorme fotografar este dia. No entanto foi tão bonito, tão delas, tão simples mas real, que toda a dificuldade (sempre contornada) foi esquecida e acabo por trazer este dia,  e esta família, muito perto do coração. É em acasos destes que tenho que agradecer a incrível comunidade de fotógrafos e videógrafos que se apoiam e faz com que nos recomendemos uns aos outros, que tantas vezes completam o círculo do destino de nos pôr, a mim e aos meus clientes, em alguma linha imaginária do tempo e do espaço, no mesmo caminho. Por acreditarmos que o mercado de casamentos em Portugal deveria era ser revestido de dias e casais assim - que vão contra o que todos ditam ser regras, dias que são simples mas que falam do mais importante, dias que nos trazem, me trazem pessoas incríveis. A MJ e a Pê e toda a sua família são pessoas incríveis. E eu aceitaria-as todos os anos se elas todos os anos decidissem celebrar o que sentem com uma pequena mas tão grande festa. Assim:

 

 
This Place is a Shelter, a short emotional film
 

Sometimes I like to film. Most times. I was supposed to have finished college to become a cinematographer. But life happens and then I, so, so suddenly just wanted to create worlds and dropped out of school because it was highly limiting my capacities to dream bigger and the possibilities of getting more and more inspired. So I picked my mom's camera and started to shoot myself in the darkest corners of my room. Shooting for me, and myself only, was the best thing I could have done for years, before agreeing to start shooting and capturing other people. 

Moving images deeply move me. Perhaps in complete different ways than photography. They are just different. They are too opposites of the same side of a beautiful coin. And I could never stop living with neither. Together they sing songs of my life and of my heart. 

Some stills follow and the video waits at the bottom (you should watch it HD on Vimeo). This means a lot to me. This is my sister. And she is beautiful. This is just something else entirely from what I usually create. It's simple.
 
 

Song This Place is a Shelter by the incredible Ólafur Arnalds. 

 
Self-portraits
 

Shooting for myself produces the most important work on a personal level. It enables me to tell the stories going underneath my own skin. The thoughts, fears my mind drips and feeds on constantly. Sometimes they are just failed moments, a bit like life. Sometimes things just don't work out. Like life. These are some things I create for myself. No deadlines, just weekly whispers of how I shape myself into the person I want to be and stories that my soul creates when I am fearful, lonely or even peacefully at thought. These are reflections of who I am, who I aim to be. The one I've become. 

 

 
Sabrina | I Session | Sintra, Portugal
 


Sabrina is beautiful inside and out. She's the kind of spirit that inspires others without even saying a word. I've met Sabrina a few years ago, we worked together and even though we never talked on serious philosophical things, I got her right away and knew she was and is an inspiring soul and the type this world should have more of. 

She contacted me saying that she wanted a few pictures of herself. She followed my work and always thought about doing a session, but thought she would be no match to the girls I photograph all the time. That made me giggle. If she knew that all the girls I photograph say the exact same thing she would laugh too. They do. And that is why I created the project BeRaw afterwards. Because I believe in a project that makes you see yourself how others see you. A project that makes you feel sexy, beautiful and comfortable in your own skin.  I pretty much think she nailed it this day. See proof. 

 

 
Filipa & Tiago | Wedding Photography | Vila de Sintra | Portugal
 

A Filipa e o Tiago casaram-se em Novembro. E eu cada vez mais me apercebo que amo, amo casamentos de Inverno. É um risco. A chuva. A humidade que tanto embaraça o cabelo.  Mas dos meus casamentos favoritos de todos os tempos foram passados debaixo de chuva torrencial. Ou na promessa dela.  Ou simplesmente em tempo mais frio, casacos rente à pele e os rapazes confortáveis sem sentirem calor por debaixo das camisas e fatos. Em 2014 o tempo foi um turbilhão inesperado. Setembro com dois casamentos em chuva torrencial, e um em Março frio mas seco. Uma troca bem vinda, pois no fundo tudo correu exactamente como deveria, e foram casamentos lindos. O mesmo aconteceu com o casamento da Filipa e do Tiago. 

A Filipa escreveu-me uns meses antes do casamento e  abriu logo o seu coração. Sempre quis ter um casamento grande. Com muita gente, uma celebração inesquecível, com tudo aquilo a que tem direito. No entanto inesperadamente uma das pessoas para quem a celebração oficial significava tanto, desde que a Filipa estava unida com o Tiago há cerca de 10 anos, o seu avô, partira para sempre uns meses antes e ela havia tomado a decisão de que iria casar, não só por desejo do seu avô e avó ainda presente e para quem essa celebração era igualmente importante, mas também porque queria finalmente fazê-lo tendo o Simão, o seu filho, como testemunha crucial desse passo. Apesar de ter de abrir mão ao casamento com o qual sempre sonhara não desistiu de ainda que tendo uma festa mais simples que esta fosse a sua cara e na qual pudesse ter presentes as pessoais mais importante das suas vidas. E a simplicidade ganha sempre. A recepção foi num espaço lindo, simples mas que falou tanto deles ainda assim. E nem será necessário referir o serviço e a qualidade da comida, que foi de chorar por mais. Foi um dia feliz, genuinamente entregue ao mais importante. Um dia cheio de lágrimas felizes e de pessoas que não as limpam em jeito de vergonha. Pois a felicidade mais pura é revestida delas. Nas palavras de Filipa e do Tiago (e também do Simão):

"Emoção! É a palavra que melhor descreve o dia que vivemos! Após 10 anos de vida em comum, foi a renovação das certezas que temos e a certeza de dúvidas que já existiram! Foi emotivo, desde o início e até ao fim do dia! Com pouco tempo de preparação, dificuldades e a convicção de que seria aquela data, aquela hora e com aquelas pessoas... foi uma conjuntura perfeita em todos os passos que demos, em todas as decisões que tomamos e em tudo aquilo que cedemos, porque a vida simplesmente não permitiu que fosse possível!

Bati de frente com o trabalho da Madalena e soubemos que era exactamente "aquilo"! A Essência que procurávamos! E só ela pode tornar o sonho em realidade! Com grandiosidade, com humildade, com coração aberto... e cheio... Há poucas pessoas que nos tocam como a Madalena me tocou...que nos fazem chorar ao receber tamanho carinho e bondade, sem nos conhecer ou sem pedir qualquer retorno! Queria um dia poder fazer por ela, um bocadinho que fosse do que ela fez por nós! Gratidão e Amizade serão para a vida... não há dúvida! Quando vimos o trabalho final, foi extasiante perceber que transmite exactamente o que o dia foi para nós! Quase irreal de tão soberbo! Emotivo! Cada fotografia é parte de um relato documentado de cada momento daquele dia, do mais simples vaso, à mais complexa troca de olhares... A simplicidade e complexidade de emoções andaram de mãos dadas...e isso é notório! Ao folhear, foto a foto, quando numa nos estampa um sorriso e na seguinte nos derrama uma lágrima!

Emoção!  Em cada pessoa que esteve, em cada beijo e abraço que demos, em cada sorriso, lágrima e gargalhada, nossos... ou de qualquer um ali presente! Foi um dia Feliz! Que reflectiu 10 anos, com o testemunho do nosso filho, de todos o mais importante, com a nossa família, com os amigos que ficaram, com os que estão, com os que permanecem! Todas as pessoas que não abandonam o barco, que acreditaram e acreditam em nós todos os dias, e em quem nós acreditamos também! Houveram lugares vazios... que jamais voltaremos a ver ocupados, como em outros tempos... coração apertado! Emoção! Porque podemos partilhar e simbolizar num dia único o que nos une, do que somos feitos e onde queremos estar! Quando vejo as fotos, e vejo, vezes e vezes sem conta, estou lá outra vez! A Madalena tornou isto e talvez algo mais, eterno...Obrigada!"

 

 
Catarina + Luís | E-session | Sintra, Portugal
 

Até hoje continuo a lembrar-me tão bem das cores da natureza neste dia. Os verdes mais verdes que já alguma vez tinha visto. Amarelos que eram um sonho também. Um Verão convertido em Primavera. E estes dois abraçaram a sua timidez como se estivessem a abraçar a própria natureza. E este é o resultado. O casamento foi tão especial como eles são e mal posso esperar para partilhar as minhas imagens preferidas desse dia. Mas por agora as fotografias da sua E-session mostram o amor que sentem um pelo o outro e são prova de como serem o que realmente são é tudo o que é preciso para criar imagens intemporais. 

To this day I still remember the colours of the nature happening while I shot away. Greener greens I've ever seen. The yellows were a dream too. Like a Summer turned into Spring.  And these two embraced their shyness like they were embracing nature itself. And this is the result. Their wedding day was as special as they are and I can't wait to share my favourite images from then. For now a few of their engagement images can give you a little peak of the love they have for each other and proof that being who you are is all it takes to create timeless images. 

 

 
BeRaw. A belief in being the realest and best we are.
 

Os quatro primeiros frames são das minhas duas irmãs. Elas têm um trabalho que amam que não podia ser mais longe de ser modelo. Elas só me deixam a mim fotografá-las e é porque eu ao princípio as obrigava (ninguém diria, certo?). Eu apareço nos dois frames seguintes. Em modo auto-retrato, mas a defender também o que quero fazer com este projecto (não seria justo se também eu não tivesse abraçado a minha própria crença se não assim). Esta intro vem a propósito de eu estar a desenvolver um novo projecto. Um projecto com o qual pretendo que as mulheres, acima de tudo mas não só, percam um pouco o estigma de se verem como realmente são, mulheres, pelo medo de nos rotularem como algo que não somos. Não é um projecto de empoderamento. Não pretendo sequer banalizar esse termo ou contexto, pois não é de todo essa a questão. Mas quero que as mulheres se sintam femininas ou o que mais desejarem, que se sintam quem se querem sentir sem complexos. Sem julgarem que só as modelos se conseguem sentir "sexy" ou confortáveis no corpo que têm. Quero dar-vos a entender um lado vosso que nunca viram retratado, e que percam duas horas a ver o reflexo disso na minha camera e no meu olhar, e depois nas fotografias que vos entregarei, para sempre. No fundo é uma sessão individual mas com um teor diferente, mais íntimo, mais cru e sem capas, e para mulheres que aceitam ser o início de um projecto que espero que ajude a alterar mentalidades acerca do corpo feminino e da forma como no fundo o que mais interessa é cada pessoa ser uma pessoa, cada mulher uma mulher. E nós somos muito mais que um corpo. Mas que este é nosso e temos o direito de o celebrar, seja ele como for.

This comes as an intro for a new project I want to celebrate. I want women to approach me and want to be photographed in raw mode. Like this. The real you. These are not shots of models. These are a women, my sisters, me and client friends that never were ever photographed by anyone but me. I've never even approached a model agency or photographed professional models. Because even models might want to be photographed in more relaxed, casual and cozy ambients. A reflection of the real you. That is who I am. No fancy settings. Just me and the person in front of my lens. Real people leading real lives, women with daughters and sons who want to break the stigma that the body is shameful and the women body belongs to the ones they are in love with (parents, husbands, sons). No. Their body belongs to them, and as weddings, birthdays, special occasions, they deserve to be celebrated. Because they are part of what we are. As women, daughters and mothers.
 

 
Rita & Zé | Quinta do Vale | Loures, Lisboa
 

A Rita e o Zé tornaram-se muito especiais para mim. Não só do ponto de vista de serem clientes ideais, daqueles que simplesmente se põem nas minhas mãos sem questionar. Daqueles que sabem que um serviço, aquele que eu prometi, também depende deles e da sua entrega. Mas acima de tudo porque são pessoas que eu sinto serem muito diferentes de mim em tantos aspectos, mas depois igualzinhos em mais ainda. No viver com bondade acima de tudo. Como a Rita foi comigo, como o Zé foi comigo. Como todos os amigos e família o foram comigo neste dia incrível. Nunca me irei esquecer em como, sem os conhecer, me senti tão próxima deles quando nos sentámos e nos vimos da primeira vez e eles me falaram dos seus planos, e das adversidades que iam encontrando, mas a força no seu olhar, e o entusiasmo em saber que iriam vencê-las, era contagiante, e se não vencessem era porque não valiam a pena. A Rita e o Zé são mesmo aquele tipo de pessoas que as pessoas amam. Que as pessoas que os rodeiam são tão boas, generosas e amantes da vida quanto eles. Nem sempre me conecto assim com os meus clientes. Há simplicidades que não se tecem ou prevêem. O dia da Rita e do Zé foi tão bonito que deveria ser tomado como exemplo por todos os casais do mundo. Quiseram casar num espaço que falava deles, mas quiseram também que fosse perto de casa o suficiente para poderem ter presentes todas as pessoas que lhes são mais importantes. Um dia cheio de música, serenatas, uma dedicação estrondosa a quem se celebrava. Desejei naquele momento saber tudo acerca deles, de ter podido encontrar-me com eles nesta vida antes e me ter tornado amiga deles e acompanhado o seu crescimento como casal, como melhores amigos, como amantes, assim como os seus amigos e família acompanharam e ser também eu amiga de todos os presentes, mas senti acima de tudo uma gratidão exacerbada por ali estar naquele momento, de uma forma ou de outra, e de ser eu a escolhida para os documentar e ao seu amor. A Rita e o Zé são hoje muito queridos na minha memória e no meu coração. Sei que me vou lembrar do seu dia para sempre; do que eles foram e são, da sua alegria em ter presentes os seus amigos e família, e da culminação do seu caminho juntos num dia tão sereno, estrondoso e feliz. Cheio de festa. A mais sincera. Vejam.

Poderão ver a galeria com uma selecção mais reduzida e não linear AQUI.