Carminho & Rodrigo | E-Session | Lisboa
A Primavera tem destas coisas. Quando o céu abre e o sol aparece mas os jardins se mantêem revoltos e selvagens, e toda a cidade tem um cheiro diferente. Estava muito entusiasmada com a sessão com a Carminho e com o Rodrigo desde que deixámos a mesa da esplanada (após um majestoso final de tarde) e cessámos a conversa que durou tanto tempo quando nos conhecemos há uns meses atrás, ainda em 2013. Quando me apercebo que às vezes as pessoas são apenas tão elas mesmas, que mesmo quando não as conhecemos sentimos que sempre fizeram parte dos nossos dias, e que sempre ouvimos aquele timbre de voz, as gargalhadas e sempre houve conversa. Quando me escondo atrás da lente e finjo tirar fotografias mas na realidade estou atenta à sinceridade com que alguns noivos reagem um ao outro e a sorrir, e aperceber-me que não têm qualquer medo de entregar isso ao vento e partilhar com o mundo inteiro. É do que mais me enche o coração e me acalma e mesmo aqui na secretária debaixo da janela relembro certos momentos com tanta vividez que tudo o que resta é eu poder tentar traduzir um pouco do tudo aquilo que me entregam numa linguagem que seja universal.
Mal posso esperar para fotografar o casamento em Maio, e eu sei que digo isto muitas vezes e sempre sinto, mas acho que vendo estas imagens podem entender o porquê de eu me ter de tornar tão repetitiva...
Spring has these things. When the sky opens up and sun shines through but the gardens stay revolt and wild, and the whole city has a different scent. I was truly excited for Carminho and Rodrigo's engagement session since we left the terrace table (after a majestic sunset) and once we ceased the conversation that lasted for so long when we first met a few months ago, still in 2013. When I realize that sometimes people are just themselves, that even when we do not know them for real it feels like they have always been part of the day, that we always had present that tone of voice, laughter and there was always conversation. When I hide behind the lens and pretend to take pictures but in reality I am attentive to the sincerity with which some couples react to each other and smile, and I realize that they have no fear whatsoever of letting it all go in the wind and of sharing it with the world. It more than fills my heart and calms me, and even here on the desk under the window I can recall certain moments so vividly that all that remains is my ultimate attempt to translate a bit of everything that is delivered to me in a language that is universal.
I can not wait to shoot their wedding in May, and I know I say this often and always feel this way, but I think when you see these images you might be able to understand why I have became so repetitive...